Vídeo de médico realizando procedimento religioso de mutilação em menina gera revolta

Autoridades americanas alertam para aumento das mutilações genitais de meninas no país
Vídeo mostrando o procedimento religioso realizado por um médico em Michigan gerou indignação.

As autoridades norte-americanas estão preocupadas com a expansão de uma prática perversa, bárbara e inaceitável: a mutilação genital de meninas por conta do extremismo religioso ligado ao islã e ao alcorão. Não há um registro claro de quando essa prática teve início, mas sabe-se que foi no Egito. Apesar de estar muito associada ao Islã, ela é anterior à religião muçulmana.

O fato é que ela já está acontecendo em escala preocupante nos Estados Unidos. Um médico de Michigan já teria operado mais de 100 meninas e agora estaria atuando também em locais como Chicago, Los Angeles e Nova York e até Minnesota.

De acordo com a imprensa norte-americana, o médico é Dr. Jumana Nagarwala, cujo consultório fica em Northville, em Michigan. Ele foi preso em abril, juntamente com outro médico, Fakhruddin Attar e sua esposa, Farida Attar. Estes últimos são donos da Clínica Médica de Burhani em Livonia, onde os procedimentos teriam sido realizados. Os Attars foram liberados sob fiança no mês passado.

Uma investigação federal está em curso e documentos mostram que há desdobramentos na Califórnia, Illinois e Nova York, e que mais pessoas podem ser presas.

O médico Jumana Nagarwala, de 44 anos, também pode ser solto. Ele deve comparecer a uma audiência judicial nos próximos dias. Oficialmente, Nagarwala é acusado de mutilar seis meninas, incluindo duas que foram trazidas de Minnesota para o procedimento. No entanto, estima-se que até 100 meninas podem ter sido submetidas à operação na última década.

Um vídeo publicado na internet mostra, com imagens fortes, a brutalidade do procedimento, que conta com o corte sem anestesia do clitóris e dos grandes lábios. Tudo é feito como uma navalha, de maneira precária e com muita dor.

A prática é ilegal em território americano, já que foi proibida nos EUA desde 1996. A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece isso como uma violação dos direitos humanos das meninas e das mulheres.

Os adeptos desta aberração defendem a mutilação como parte de um rito religioso de passagem. Mas a intenção é claramente outra. Trata-se de suprimir a sexualidade feminina na tentativa de reduzir o prazer sexual e a promiscuidade. É uma maneira de garantir que as mulheres permanecerão virgens até o casamento e de que nunca sentirão qualquer tipo de prazer, o que evitaria o risco de traições extraconjugais.

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